quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Resultados positivos ajudam homeopatia a vencer mitos

Resultados positivos ajudam homeopatia a vencer mitos
Pesquisas e relatos de pacientes provam que remédios não são placebo

RAQUEL SODRÉ

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Família.Márcia (centro) trata as filhas Raquel (esq.) e Laura com homeopatia desde a primeira infância, sempre com bons resultados



“Bolinhas” doces, gotinhas e pacotinhos de pó. Muita gente ainda acha que tudo isso é pura superstição, mas atrás dessas apresentações pouco usuais podem estar guardados remédios poderosos. São os medicamentos homeopáticos, que, apesar de reconhecidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), ainda são rodeados de mitos.

Os contrários a ela sempre alegam que os remédios homeopáticos não passam de placebo – substância neutra que só tem efeito psicológico. Mas, além de pesquisas homeopáticas – que obedecem a uma metodologia diferente das de pesquisas científicas tradicionais – comprovarem a eficácia, o relato dos pacientes é, em si, uma prova.

A maquiadora Márcia Damasceno, 40, usa a homeopatia há cerca de 20 anos. “Eu tinha uma dermatite atópica que não se resolvia com nada. Já havia ido a vários médicos, tomado medicamentos à base de corticoide e nada adiantava. Comecei a tratar com a homeopatia, e nunca mais tive isso”, conta.

Com os resultados positivos, ela passou a tratar também as filhas, Raquel, 20, e Laura Damasceno, 8, com a técnica. “Agora, não espero a coisa ficar mais séria. Fico mais atenta aos sinais, e, quando percebo alguma alteração, recorremos à homeopatia para equilibrar o organismo”, afirma. Ela costuma recorrer à técnica para questões emocionais, alergias e alguns tipos de dores.

Segundo o homeopata Túlio de Faria Pereira, professor e diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa em Terapias Naturais e Homeopatia Clássica (Ihon), a crença na terapia tem seu papel, mas não é determinante. “A fé sempre ajuda no tratamento, mas a ativação da energia vital do paciente, promovida pela homeopatia, acontece independentemente da fé”, declara.

O tempo do efeito dos remédios é outro ponto comum de críticas, pois costuma-se pensar que a homeopatia demora a trazer resultados. Mas isso depende do que deverá ser tratado. “O processo de cura homeopático tem um caminho a ser percorrido. Os casos mais agudos terão uma cura mais rápida do que com antibióticos, por exemplo. Mas, se a pessoa tem uma artrite reumatoide há 20 anos e já tomou vários remédios para camuflar a dor, o tratamento homeopático vai demorar mais tempo para desfazer esse mal”, explica o homeopata Mário Antônio Cabral Ribeiro, sócio-fundador e coordenador da Associação Médica Homeopática de Minas Gerais (AMHMG).

A homeopatia pode – e deve – ser associada aos medicamentos alopáticos. Essa combinação de tratamentos, segundo os especialistas, traz muitos benefícios aos pacientes. “A pessoa fica melhor do que estava antes (só com a alopatia), conseguindo viver melhor”, afirma Ribeiro. O principal motivo para essa melhora, segundo ele, é o fato de a homeopatia ter uma visão do paciente como um todo, e não só dos sintomas que ele sente. “O medicamento homeopático é para o doente, e não para a doença”, afirma o homeopata.

Serviço
Cursos. Interessados em homeopatia podem se informar mais no Ihon (www.ihom.com.br, ou 31 3514-6060) e na AMHMG(www.amhmg.org ou 31 3446-0087)

Substâncias tratam animais e plantas
Mais conhecida para o tratamento de pessoas, a homeopatia também tem sido usada em animais de pequeno e grande porte, em plantas e até no tratamento do solo.

“As plantas e o solo recebem muito bem a homeopatia. Normalmente, ela é utilizada para uma maior produtividade das espécies e maior resistência a pragas. Para os animais, há grandes indústrias de medicamentos homeopáticos, principalmente para o gado”, conta o terapeuta Túlio de Faria Pereira, professor e diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa em Terapias Naturais e Homeopatia Clássica (Ihon). Os remédios são usados para aumentar a imunidade dos animais e para combater pragas, como carrapatos e vermes.

Na clínica Cães e Amigos, a veterinária Teresa Cristina Brini faz consultas homeopáticas para animais de pequeno porte. “Nesses casos, estamos lidando com um ser da casa. Então, posso ser mais abrangente e atuar não só na doença, como também em situações de comportamento”, explica ela.

De acordo com a veterinária, é possível resolver questões de ansiedade, agressividade, medos e outros desvios comportamentais nos bichinhos. “A doença, muitas vezes, é uma reação física a algum fator emocional”, diz.


Fonte: www.otempo.com.br

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